ATA DA SEGUNDA SESSÃO
EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 29-5-2013.
Aos vinte e nove dias do
mês de maio do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
trinta minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger,
Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Professor Garcia, Séfora
Mota e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Any Ortiz, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga,
Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Waldir
Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 071/10 (Processo nº 1500/10). Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 107/13 (Processo nº 1750/13). Durante a apreciação do
Requerimento nº 107/13, o vereador Dr.
Thiago afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do
Regimento. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 083/13 (Processo nº
1390/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores João Derly, Sofia
Cavedon, Professor Garcia, Clàudio Janta, Bernardino Vendruscolo, Alceu
Brasinha, Jussara Cony, Mario Fraga, Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol e
Pedro Ruas. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador
Paulo Brum, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. Após,
por solicitação do vereador Alberto Kopittke, foi realizada verificação de quórum,
constatando-se a existência do mesmo. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 147/13 (Processo nº
1509/13), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela,
João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho
Motorista, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, este com Declaração
de Voto, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 174/13 (Processo nº
1715/13), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela,
João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho
Motorista, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia
Cavedon e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 108/13 (Processo nº 1194/13), por vinte e seis votos
SIM, tendo votado os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Tro
gildo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, João Derly,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon e
Waldir Canal. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 029/13 (Processo nº
0558/13). Às quinze horas e trinta e sete minutos, o senhor Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram
os Projetos de Lei do Legislativo nos 052, 131, 049/13, este
discutido pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Alceu Brasinha e Clàudio
Janta, e 051/13, este discutido pelos vereadores Bernardino Vendruscolo e
Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Sofia
Cavedon, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha, Marcelo Sgarbossa, Mônica Leal e
Fernanda Melchionna. Durante a Sessão, os vereadores Dr. Thiago, Reginaldo
Pujol e Mario Fraga manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis
horas e trinta e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e
Bernardino Vendruscolo e pela vereadora Sofia Cavedon e secretariados pela
vereadora Sofia Cavedon. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 14h30min): Solicito a abertura do painel
eletrônico para o início da 2ª Sessão Extraordinária desta Legislatura.
(Pausa.) (Após a verificação de quórum.) Está instalada a Sessão.
Havendo quórum, passamos à
Eu
quero só esclarecer que nós temos, na Pauta de hoje, alguns Títulos de Cidadão
Honorário de Porto Alegre, que precisam de 24 votos para serem aprovados.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1500/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 071/10, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui, no Município de Porto Alegre, o
Museu do Gaúcho e dá outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 18-03-13.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 071/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL nº 071/10. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Tendo em vista que os Títulos
necessitam de quórum qualificado e que, se não atingirem o número mínimo de
votos eles estão rejeitados, nós passamos à votação dos Requerimentos.
Solicito que o Ver. Bernardino
Vendruscolo assuma a presidência dos trabalhos, uma vez que o primeiro
Requerimento a ser votado é de autoria deste Vereador.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo
assume a presidência dos trabalhos.)
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 107/13 – (Proc. nº 1750/13 – Ver. Dr. Thiago) – requer a realização de Sessão Solene no
dia 14 de junho, às 17h, no Centro de Eventos do Sport Club Internacional,
destinada à outorga do título de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Giovani Luigi.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o
Requerimento nº 107/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Muito
obrigado, Ver. Bernardino.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 083/13 – (Proc. nº 1390/13 – Verª Jussara Cony e Ver. João Derly) – requer a constituição da Frente
Parlamentar em Defesa dos Servidores Municipais e dos Serviços Públicos de
Qualidade.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o
Requerimento nº 083/13, de autoria do Ver. João Derly e da Ver.ª Jussara Cony.
(Pausa.) O Ver. João Derly está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 083/13.
O
SR. JOÃO DERLY: Boa-tarde, Sr.
Presidente, Dr. Thiago; demais Vereadores; público nas galerias; municipários
aqui presentes; público que nos acompanha pela TVCâmara, encaminho pela Bancada
do PCdoB, em meu nome e da Ver.ª Jussara Cony, no sentido de constituirmos a Frente Parlamentar em Defesa dos Servidores Municipais e dos Serviços
Públicos de Qualidade, por sugestão dos próprios municipários
e de alguns amigos preocupados com as condições de trabalho dos servidores
municipais. Quando do debate, viu-se a necessidade de mais subsídios para
termos a real situação em que se encontra o serviço público, sem que tal peso
recaia sobre esses mesmos servidores, o que acontece muitas vezes.
Hoje, pela
manhã, estive em reunião com o Simpa. Foi muito importante e muito bom contar
com o Sindicato dos Municipários, que se colocou à disposição, já trazendo
algumas demandas. Creio que os servidores estarão respaldados quanto às
condições corretas para prestarem um bom serviço público municipal. Temos visto
muitos problemas acontecendo, principalmente na Saúde. Assim estaremos
acompanhando e trazendo bons debates para esta Casa, estabelecendo condições
para que o servidor público municipal faça um bom trabalho na nossa Cidade.
Esse é o grande desejo do meu Partido, que há anos
milita nos movimentos sindicais, onde surgiu o PCdoB.
Então, estamos
apresentando isso, e espero que os Vereadores aceitem, votem a favor dessa
Frente, porque temos movimentado muitas pessoas, assim como foi feito hoje na
reunião com o Simpa, quando gostaram muito e aprovaram essa Frente Parlamentar.
Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 083/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; colegas municipários;
Direção do Simpa; Sindicato dos Municipários de Porto Alegre; várias gestões
que redemocratizaram o nosso Sindicato, que o tornaram vivo, tratando de
diferentes dimensões dessa qualidade do serviço público, que está
intrinsecamente ligada a ele, ao bem-estar, à valorização do funcionalismo.
Quero dizer,
Ver. João Derly e Ver.ª Jussara Cony, que a Frente Parlamentar é muito
bem-vinda. Uma atuação conjunta e permanente orientada para as demandas dos
municipários é necessária.
Temos
acompanhado vários momentos, esta Câmara tem acompanhado vários temas. Neste
momento agudo, por exemplo, está o tema da coirmã ou dos coirmãos funcionários
da PROCEMPA, que não são exatamente funcionários públicos, mas são funcionários
que prestam serviços para o conjunto da Prefeitura e, não diferente dos demais
segmentos da Prefeitura, denunciam que mais de R$ 4 milhões são gastos com CCs,
numa empresa com muitas distorções, seriíssimas distorções.
Mas os nossos
municipários próprios e das autarquias têm uma pauta unificada, que tem sido
relegada em relação ao tratamento diferenciado das categorias, não que elas não
tenham mérito. A organização diferenciada de cada categoria, Ver. João Derly,
responde a situações específicas, mas tem criado, especialmente nos últimos
oito anos, distorções muito graves, uma verticalização na matriz salarial
profundamente comprometedora da qualidade de vida, da qualidade do salário do
conjunto dos municipários. No ano passado, a Prefeitura apresentou aqui o
impacto de pessoal das suas últimas medidas, que correspondem à criação de mais
de 100 cargos em comissão, que implicava em 2% percentuais de comprometimento
de Receita da Prefeitura, beirando, perigosamente, os 50% de comprometimento
com pessoal. E nós sabemos que essa criação exacerbada de CCs, que a criação de
gratificações e de setores considerados estratégicos de Estado têm prejudicado
profundamente o conjunto dos municipários, o conjunto dos operários que ainda
restam na Prefeitura de Porto Alegre, dos padrões 2, 3, 5, 6, dos padrões médios,
do conjunto do professorado do Município de Porto Alegre, ao lado da absurda
exploração da mão de obra terceirizada, via cooperativados, que sequer 30 dias
de férias têm podido garantir, e são colegas que trabalham no serviço público.
O plano de carreira é uma pauta unificada dos municipários, a prevenção de
acidentes e plano de saúde, a luta pelo IPE, onde vemos pouquíssimos e
baixíssimos protagonismo e luta do nosso Prefeito Municipal para que o IPE
absorva e assuma o conjunto dos municipários, uma pauta duramente construída e
unificada no conjunto da categoria. Com relação à saúde do trabalhador, não há
registro de doença do trabalho; portanto, não há prevenção de adoecimento do
trabalho, não há mudança na estrutura física e nos processos laborais, que nós
sabemos que adoecem os nossos municipários. Por fim, essa supercriação de CCs,
os supersalários dos quais ainda não falei. Porque é possível, hoje,
secretários acumularem 70% de um CC, tira salário de outro lugar, acumula, cria
supersalários. Aliás, os supersecretários que estão cortando árvores ganham
supersalários – Ver. Mario Fraga, que está bem preocupado com os grandes
salários da Prefeitura –, enquanto que o padrão 2 não chega a um salário
mínimo. Então, a situação dos funcionários municipais é muito grave, merece
desta Casa um tratamento continuado, uma vigilância, um trabalho muito sério.
Espero que esta Casa se perfile nessa Frente Parlamentar para alterar essa
situação que assola o municipário. E aí eu poderia falar do autoritarismo de
gestão, como é chamada a gestão na SMED, uma gestão gerencialista autoritária,
que vem oprimindo as escolas e os trabalhadores, mas, ao lado dessa gestão,
Ver. Mario Fraga, a gente tem, infelizmente, um comprometimento sério com o gasto de pessoal, que traz sérios prejuízos ao serviço
público. Então, vamos fazer essa Frente Parlamentar para ajudar os municipários
em tão dura tarefa.
(Não
revisado pela oradora.)
(O Ver. Bernardino Vendruscolo
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. DR. THIAGO (Requerimento): Sr. Presidente, uma vez que a Ver.ª Mônica Leal está em
representação, solicito que a discussão e votação do PLL nº 108/13 e do PLL nº
174/13 sejam realizadas como últimos itens da priorização.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Só preciso respeitar o encaminhamento do Requerimento nº 083/13. Logo em
seguida colocaremos deliberaremos sobre o seu Requerimento.
O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar o Requerimento nº 083/13.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Ver. Bernardino Vendruscolo; cara Ver.ª Jussara Cony, Ver. João
Derly, quero parabenizá-los pela iniciativa de trazerem a esta Casa a Frente
Parlamentar em Defesa dos Servidores Públicos Municipais. Prezada Ver.ª Sofia
Cavedon, tenho que fazer algumas críticas em relação à sua fala: faz nove anos
que V. Exa. não é mais Secretária de Educação e ainda se intitula como
Secretária de Educação do Município, por isso vê tanta mazela onde não existe.
Nós poderíamos falar, Vereadora, por exemplo, numa das pautas do Sindicato, de
que durante muito anos foram os 26%, e que o seu Prefeito à época, hoje
Governador Tarso Genro, retirou dos municipários. Temos que fazer essa
discussão. Ou falar, por exemplo, de que, em 1989, quando o Prefeito Olívio
Dutra ingressou no Município de Porto Alegre e
encampou todos os ônibus, até hoje nós pagamos grande parte da tarifa, que é
cara, em função também daquela ação.
Então,
essas verdades precisam ser ditas. E quero registrar que, no Governo de 2005
para cá, não houve atraso. Ver.ª Sofia Cavedon.
Lembra os atrasos no pagamento dos funcionários, quando retiraram a
bimestralidade?
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Ah! Faz tempo, sim. Não, da bimestralidade, que não pagavam durante 18
meses.
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Ah! Pois é, só para relembrar, Vereadora, a gente tem que ser coerente,
só
isso que eu peço. Eu entendo, sim, que essa Frente Parlamentar chega em boa
hora, até porque nós estamos vivendo um momento de denuncismo, em que o
servidor público vive uma intranquilidade. E isso vai ajudar a dar a ele essa
tranquilidade. Eu quero, mais uma vez, ressaltar que os servidores públicos são
funcionários de alta qualidade, que exercem a sua função com excelência e, às
vezes, são vistos como pessoas que não fazem nada. Não, o funcionário público
municipal trabalha, e trabalha muito bem em prol do Município de Porto Alegre.
A questão da pauta unificada, a questão do plano de carreira têm que ser
discutidas, e eu acho que a Frente Parlamentar vai ajudar e muito. A questão do
próprio IPE, da introdução do IPE, tem que ser discutida. São pontos relevantes
que vão ajudar nessa discussão.
Então, eu quero saudar a
iniciativa do PCdoB, e o Ver. João Derly coloca que foi forjado no movimento
sindical. Há outros Partidos que foram forjados no movimento sindical, mas se
esqueceram disso e hoje viram as costas para o movimento sindical. Que coisa
gozada, Ver. Clàudio Janta, Vossa Excelência, que veio do movimento sindical,
sabe que há Partidos que têm origem no movimento sindical e, quando ficam
grandes, se esquecem do movimento sindical, viram as costas para as suas bases.
Por que será? Falta de coerência! E o que se busca é coerência, porque, afinal,
quando se governa, se governa para todos! É isto que se busca na Administração
Pública: fazer uma Administração para todos, não para alguns, não para um
determinado segmento, mas para todos, com predominância na classe social mais
pobre. É isso que se busca na sua essência.
Então, Ver.ª Jussara Cony,
parabéns, porque o PCdoB teve a sua origem na base sindical e ainda hoje
continua com a base sindical, não virando as costas para os movimentos
sindicais. Porque muitos Partidos foram criados na base sindical e, quando
cresceram, viraram as costas para o sindicato. Ou, se é determinado sindicato,
serve, se é outro, não serve, se esquecendo daquele valor da pluralidade,
daquilo que se busca, ou seja, a isonomia. Então, eu volto a dizer, o que se
busca é governar para todos.
Eu quero parabenizar a Ver.ª
Jussara Cony e o Ver. João Derly por esta iniciativa de querer, sim, defender
os servidores municipais nessa questão da qualidade dos serviços e da atuação.
Então, nesse sentido, tem todo o nosso apoio, e vamos fazer inclusive parte disso,
porque queremos ingressar, sim, para priorizar a importância e ressaltar o
servidor público do nosso Município, Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 083/13.
O
SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
pelo jeito, vou ser o último, como os Vereadores estão dizendo. Se mais alguém
resolver falar, não vai haver quórum em plena quarta-feira, às 14h50min. Nós
temos um Título importante para votar nesta Casa, um Título de Cidadão de Porto
Alegre para uma pessoa que merece, o Ver. João Dib, e nós estaremos adiando
esse Título porque não vai haver quórum nesta Casa em plena quarta-feira! Então,
estamos pedindo para encerrar as inscrições para votarmos ligeiro, porque, pelo
jeito, a Sessão vai encerrar daqui a dez minutos porque não vamos ter quórum
nesta Casa. Mas eu não compactuo com este corporativismo e aproveito este
momento em que venho aqui defender esta Frente em Defesa dos Servidores
Municipais e dos Serviços Públicos de Qualidade para dizer isso: que esta Casa
tem que trabalhar nas tardes de segunda-feira, quarta-feira e quinta-feira para
votar projetos de interesse desta Cidade; o restante das manhãs, das tardes,
das noites, nós trabalhamos pela Cidade. Agora, nós temos que votar projetos de
interesse desta Cidade. Esta Frente em Defesa dos Servidores Municipais e dos
Serviços Públicos de Qualidade é muito importante para o Município de Porto
Alegre pelos ataques que vêm sofrendo os servidores públicos, pelos ataques que
vêm sofrendo as empresas públicas nos últimos anos na imprensa, orquestrados
pelo interesse da iniciativa privada em comprar a Carris – é visível, Prefeito
Villela –, de comprar a PROCEMPA. Essa iniciativa privada que já se apoderou do
lixo da nossa Cidade; essa iniciativa privada que quer comprar o DMAE, essa
iniciativa privada que quer comprar os serviços públicos, que fica manchando,
denegrindo a imagem do funcionalismo público. E mais: nesta Casa, muitas vezes
aparecem projetos que vêm ajudar a acabar com o funcionalismo público, projetos
que vêm tirar direitos dos servidores públicos, projetos que vêm enfraquecer
esses trabalhadores que garantem que a população de Porto Alegre tenha um
serviço de qualidade, que garantem que o serviço público, que a Administração
pública, que a cidade de Porto Alegre funcione. Nós não podemos admitir isso, e
é imprescindível que esta Frente Parlamentar em Defesa dos Servidores Municipais
e dos Serviços Públicos de Qualidade seja implementada e discutida nesta Casa,
e que sejam passados por esta Frente esses projetos que vêm tentando acabar com
o servidor público, Ver. João Derly. Vimos isso na semana passada. Discutimos
um projeto que tentava tirar o vale-alimentação dos trabalhadores que se
aposentam. No momento em que o trabalhador mais precisa, no momento em que o
trabalhador está se aposentando, querem tirar esse direito dele de se
alimentar, esse direito de levar o seu sustento, de levar a sua boia para casa,
como se diz no linguajar dos trabalhadores.
Então, nós apoiamos esta Frente
criada pela Ver.ª Jussara Cony e pelo Ver. João Derly. Nós nos somamos a essa
Frente para garantir os direitos dos servidores públicos, para garantir um
serviço público de qualidade e, principalmente, para que as nossas empresas
públicas, como Carris, PROCEMPA, DMAE, DMLU, EPTC, continuem sob o domínio
público, continuem sob a gestão pública, continuem sendo do povo de Porto
Alegre. Com força e fé, seguiremos lutando pelo povo da nossa Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
( O Ver. Dr. Thiago reassume a
Presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento nº 083/13.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sras. Vereadoras,
Srs. Vereadores, Ver. Clàudio Janta, no encaminhamento, nós não temos
oportunidade de pedir aparte. Antes, quero dizer que voto favoravelmente e
quero cumprimentar aqui a Ver.ª Jussara Cony e o Ver. João Derly.
Só para não passar a ideia para
quem está nos assistindo, Ver. Clàudio Janta, de que V. Exa. é o único que
trabalha, eu quero me somar a esse grupo que trabalha aqui, que inclusive
incluiu V. Exa., porque, senão, dá a impressão de que, se não for V. Exa.,
aqui, ninguém trabalha. Quero cumprimentá-lo, V. Exa. é um homem trabalhador,
V. Exa. é um homem que trabalha, assim como muitos, e muitos, e muitos
Vereadores que estão aqui no plenário, inclusive. Nós temos aqui a presença de
quase a totalidade de Vereadores. Então, só para fazer este registro.
(Aparte antirregimental do Ver.
Mario Fraga.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Cada um tem o seu jeito de trabalhar, não há
dúvida, mas todos nós temos responsabilidade de dar presença, também isso é
verdade. Daqui a pouco, por exemplo...
(Aparte antirregimental do Ver.
Mario Fraga.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. Mario Fraga, V. Exa. tem que falar mais alto,
porque eu sou meio surdo. E agora é o seguinte também: como eu não posso lhe
dar aparte, peço que V. Exa. encaminhe depois, porque, senão, não dá.
(Aparte antirregimental do Ver.
Mario Fraga.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. Mario, eu vou lhe dar de presente um Regimento
encadernado.
Sr. Presidente, só para fazer um
registro aqui, porque, senão, sai para a rua e dá a impressão de que... O Ver.
Mario é um Vereador trabalhador também, V. Exa. é um Vereador trabalhador. Os
nossos cumprimentos para todos os trabalhadores do Brasil, inclusive aos
Vereadores!
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Antes de dar a palavra ao próximo Vereador, que é o
Ver. Brasinha, cabe-me uma questão de esclarecimento, Ver. Janta. Novamente.
Este Presidente encaminhou, na Mesa, uma situação de vedar as representações
externas nos dias de Sessão, e V. Exa. foi contrário a esse encaminhamento.
Hoje nós temos quatro Vereadores em representação que estão trabalhando: Ver.
Idenir Cecchim, Ver. Valter Nagelstein, Ver. João Carlos Nedel, Ver.ª Mônica
Leal. Eles estão trabalhando em representação, o que diminui aqui o nosso
quórum. E nós temos o Ver. Paulo Brum, que está em Licença para Tratamento de
Saúde. Então, para evitar este tipo... Eu não quero polemizar, Ver. Janta. O
que quero dizer é que esta Casa trabalha profundamente, e V. Exa. disse que
esta Casa não trabalha; esta Casa trabalha profundamente...
(Aparte
antirregimental do Ver. Janta)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Então o senhor peça as notas taquigráficas. E nós não temos quórum
qualificado da votação dos títulos em função de representação externa e de
licença para tratamento de saúde, no dia de hoje. Este Presidente abriu a
Sessão pontualmente, houve falta de quórum no início, e chamou aqui as
Lideranças para podermos fazer uma Sessão Extraordinária. Se nós temos
dificuldade com isso, aí eu já não sei mais o que é possível fazer.
Apregoo o
Requerimento, de autoria do Ver. Paulo Brum, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde no dia 29 de maio de 2013.
O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
083/13.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago Duarte; Senhores Vereadores, eu também,
Ver. Janta, quero dizer para o senhor que eu trabalho, e cada Vereador aqui
trabalha bastante, mas cada um adota o seu sistema de trabalhar. Daqui a pouco,
Any Ortiz, chega uma comunidade que reivindica e tu tens que ir lá, e aí? Tu
não vais? Eu vou. Eu adotei o meu sistema de trabalhar e, se as pessoas me
chamarem em qualquer outro lugar, eu vou. Não interessa, eu saio daqui e vou,
porque faz parte do trabalho da gente. O Ver. Mario Fraga, a Ver.ª Sofia, todo
mundo tem o seu estilo de trabalho, tem o seu modo de trabalhar, João Derly.
Então, se chega um cidadão que vem nos procurar, não podemos sair porque
estamos no plenário? Ver. Janta, com todo o respeito que eu tenho por V. Exa.,
e gosto muito do senhor, mas não vou concordar com o senhor, porque cada um tem
o seu sistema de trabalho. E todo mundo sabe que para chegar a ser Vereador
aqui tem que trabalhar muito. E todos vocês trabalham, não tem um Vereador que
não trabalhe aqui. Não tem um! Então, senhores, Ver. Mario Fraga, eu acho que
essa Frente que o Ver. João Derly e a Jussara Cony apresentam é muito
importante para defender o funcionário público. Isso é importantíssimo.
Parabéns João, conta com o nosso voto favorável. Eu acho importante, porque
quando tem um servidor público que é um servidor de carreira, que presta um
serviço, que trabalha, merece ser apoiado e tem que ser reconhecido aqui,
principalmente, pela Câmara, pela Comunidade e pela cidade de Porto Alegre.
Também quero
dizer algo que acho importante. As coisas, às vezes, acontecem pelo lado da
privatização... Tem coisas que, às vezes, eu penso, como lá atrás, quando a CRT
foi privatizada, eu mesmo consegui telefone por um preço absurdo, e, logo,
quando privatizaram, isso demonstrou um trabalho impressionante. Mas há setores
do funcionalismo público que merecem e esses têm que continuar sendo
funcionários públicos, porque trabalham muito bem pela Cidade, pelo povo, pelo
seu bairro e pela sua rua.
Quero dizer
que voto contigo, Ver. João Derly. Parabéns por ter feito essa Moção de defesa ao servidor do Município. Obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
(O Ver.
Bernardino Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Aproveito para comunicar aos Vereadores que a ausência do Presidente Dr.
Thiago se deve ao fato de ele estar representando esta Casa no TRE.
A Ver.ª
Jussara Cony está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
083/13.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, municipários que
estão aqui presentes representando a categoria, essa Frente Parlamentar em
defesa dos servidores públicos, pelas opiniões aqui trazidas, é uma Frente que
vai ter o acolhimento de toda esta Câmara Municipal. Eu acho que essa é a
primeira vitória que nós temos no encaminhamento dessa Frente, através da
Bancada do PCdoB. O que eu sinto, através do pronunciamento dos Srs. Vereadores,
é que foi reconhecido que este vai ser um espaço institucional de repercussão,
de ampliação e de solução das demandas históricas dos servidores municipais.
Esta Câmara Municipal é um espaço para esse tipo de Frente Parlamentar, para
essa discussão; é um espaço de acolhimento aos servidores e às suas demandas.
Eu já quero,
de antemão, em meu nome e em nome do Ver. João Derly, que já fez o primeiro
encaminhamento aqui, nesta Câmara, hoje, agradecer a todos os colegas por essa
receptividade nos pronunciamentos. Achei interessante quando a Ver.ª Sofia fez
a sua intervenção e trabalhou a partir de um tratamento diferenciado aos
servidores. Nós temos que terminar com esses fossos de altos e baixos salários,
porque isso não serve à gestão pública, ao povo, e não serve, também, às
condições dignas de trabalho e de vida dos servidores municipais. Então vamos
lutar, dentro desta Casa, e é exatamente por isso que nós propusemos, porque
são históricos os ataques aos servidores, é histórica a incompreensão. Eu sou
funcionária pública federal de carreira, 33 anos de Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, e sei o significado do não reconhecimento dos servidores como
esteio para uma gestão. E quem perde com isso é a gestão e consequentemente o
povo que está lá para receber políticas públicas de qualidade, porque não basta
apenas a decisão política. A decisão política é uma, e a garantia dos
servidores qualificados, com salários dignos, com a sua saúde também garantida,
é esteio para que isso possa acontecer.
Gostaria de dizer
que há algumas questões, como na área de Educação, em que os servidores bem
dizem: “A inclusão que amplia a exclusão”. Porque a política de inclusão nas
escolas, hoje, não é acompanhada com investimento na contratação e qualificação
dos profissionais que trabalham com as crianças, jovens, adultos deficientes, e
isso eu estendo para a Saúde também. Na área da Saúde, além de tudo o que
precisamos, os servidores estão demandando, a Estratégia de Saúde da Família,
estão demandando porta de entrada, estão demandando saúde integral para a
população. Quero adicionar que esta Frente também deverá se preocupar com as
doenças representativas do mundo do trabalho em que os servidores são
atingidos, e não são doenças apenas biológicas ou físicas; são doenças ocasionadas
por uma série de outros agravos, muitas vezes de opressão, de exclusão dos
servidores, da dinâmica desse trabalho, são doenças que atingem também sob o
ponto de vista mental, sob o ponto de vista de dificuldades objetivas, de levar
adiante não só o seu trabalho, mas a sua condição e a sua dignidade de vida.
Por outro
lado, o Plano de Cargos, Carreira e Salários tem que ser discutido nesta Frente
à exaustão, junto com a categoria dos municipários. E eu adicionaria ao Plano
de Cargos, Carreira e Salários a isonomia para todos.
E mais do que
isso, aqui também vamos ter que discutir o que hoje se torna lei para várias
categorias da Saúde, que é a unificação de 30 horas semanais para os
trabalhadores da Saúde, porque é, sim, um serviço diferenciado. Sob o ponto de
vista da organização, creio que uma Frente como essa ajuda muito a dinâmica da
organização, e o Sindicato dos Municipários terá nesta Casa um espaço amplo de
diálogo, porque é isso que precisamos.
Finalizando,
ainda estamos em época de confrontar com o Estado mínimo, porque todos aqueles
que buscam estabelecer um Estado mínimo sem plano de Cargos, Carreira e
Salários, com contratação de frentes por fora do próprio serviço dos
servidores, esses subordinam ainda o nosso País, como bem dizem os servidores,
aos interesses do grande capital.
Então, esta
Frente tem essa abordagem, e agradeço a todos os Vereadores, porque sei que ela
será aprovada por unanimidade. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 083/13, pelo Governo.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
assiste pela TVCâmara, público nas galerias e, em especial, os funcionários do
município, o encaminhamento pode ser feito por apenas um representante de cada
Partido. Então, nós temos a saída de representar o Governo, e eu sou Vice-Líder
do Governo, então, encaminho pelo Governo que nós vamos aprovar a Frente. Vereador
João Derly, mais uma vez, V. Exa. e a Ver.ª Jussara Cony propõem um belo
assunto para a nossa Casa.
Quero dizer
que todos aqui, sem exceção, defendem os trabalhadores. A nossa disputa aqui é
outra, é política. Agora, não acredito que alguém vai ser contra os
trabalhadores.
E nós todos,
aqui, nas nossas Comissões, e, às vezes, nas Comissões mistas, sempre temos
encaminhado favoravelmente ao funcionalismo público.
Eu falei, num
aparte antirregimental, que o Governo publicou, no Diário Oficial, de segunda-feira,
que nenhum funcionário da Prefeitura Municipal, Ver.ª Mônica, ganhará menos do
que um salário mínimo. Era o mínimo que poderia acontecer para os funcionários
menos afortunados, que recebem menos de um salário mínimo. Então, a partir de
segunda-feira, nenhum funcionário da Prefeitura Municipal ganhará menos de um
salário-mínimo.
Então, essa
Frente, do Ver. João Derly e da Ver.ª Jussara, também serve para aprofundarmos
o assunto dos funcionários públicos com menores salários.
Há pouco, a
Ver.ª Sofia falou em salários da PROCEMPA no valor de R$ 15mil. Eu imagino um
funcionário humilde que ganha R$ 678,00 nos ouvindo falar em salários R$ 14 ou
R$ 15mil. Então, esta Frente vem, João Derly, meu amigo, começar, talvez, para ver se a gente pode fazer alguma coisa pelos
menores salários da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Então, encaminhamos
favoráveis e damos os parabéns ao Ver. João Derly e à Ver. Jussara Cony.
Obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação
do Requerimento nº 083/13.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a todas e todos, queria cumprimentar, em nome do PSOL, do Ver.
Pedro Ruas e em meu nome, os trabalhadores municipários que estão aqui conosco,
representantes do Simpa, a Zezé, o Valdemir, o Espírito Santo, o Bicudo, enfim,
cumprimentar os vários trabalhadores presentes. Gostaria de dizer que o
Almerindo e o Mário me ligaram, dizendo que gostariam de estar aqui, Ver.
Jussara Cony e Ver. João Derly, e não puderam, em função de estarem numa
reunião com os trabalhadores da Banda Municipal. Trata-se de um outro caso
grave de ataque da Prefeitura aos trabalhadores.
Na verdade, eu
acho que tem sido a marca desta Prefeitura a intransigência com as causas
históricas da categoria, os casos graves de assédio moral e, neste caso dos
trabalhadores da Banda, o desvio de função. Esses trabalhadores da Banda
Municipal tiveram uma conquista, a partir da sua luta – nós atuamos na Comissão
de Direitos Humanos –, e hoje tem um grupo de trabalho para discutir as
questões da Banda Municipal. Trata-se de trabalhadores que fizeram concurso
para músico e haviam sido, por um exame extremamente malfeito, trocados para a
função de porteiro. Com todo o respeito aos porteiros, mas eram trabalhadores,
músicos concursados, reconhecidos internacionalmente e que foram parar no Setor
de Portaria na calada da noite. Eles vieram nos procurar e, a partir da nossa
mobilização, do Simpa e dos trabalhadores da Banda Municipal, reverteu-se a
situação e hoje há um grupo de trabalho. Então, vários sindicalistas não estão
aqui, mas gostariam de estar, neste momento, votando numa Frente que vem numa
hora muito importante.
Quero
cumprimentar a iniciativa de vocês, dizer que ela será fundamental para que
esta Câmara se debruce, no mínimo, sobre três temas que foram trazidos pela
Ver.ª Jussara e com o qual eu e o Ver. Pedro Ruas temos total acordo e debatido
ao longo dos anos. Primeiro, o Plano de Carreira que, sinceramente, o Governo
Municipal está, há oito anos, dizendo que vai fazer. Então, a gente não vai
aceitar um discurso de que parece que nasceu ontem o discurso de Plano de
Carreira. Tivemos um grupo de trabalho que não reuniu, não avançou a questão da
progressão dos trabalhadores municipais, um Plano de Carreira que preveja a
isonomia, a qualificação, a valorização do servidor público municipal. E, ao
contrário, aumentaram a carga horária dos trabalhadores da Saúde, que deveriam
fazer 30 horas, pela Organização Mundial da Saúde, o que foi conquistado na
greve de 2003. Dessa forma, atacando os postos, atacando a qualidade de
serviços desses trabalhadores e, sobretudo, prejudicando o atendimento à
população, porque, quando se ataca o servidor público, ataca-se o serviço
público.
Em segundo
lugar, a questão do assédio moral. Nós temos Secretarias que são campeãs da
geladeira, do ataque ao funcionalismo: se discordas de mim, vais para o
banquinho, com um jornal, ficar sentado o dia inteiro! Esse tema nós já
discutimos na Câmara, o caso da Guarda, que foi muito importante e que foi
revertido a partir da mobilização dos trabalhadores. Mas a Prefeitura tinha um
compromisso conosco, criar um grupo de trabalho oficial para que avencemos na
legislação de assédio moral. Porque não pode apenas dizer na lei que o assédio
moral não pode ser feito e não haver penalização para o gestor, não haver
medidas para inibir o assédio moral e não ter lugar para acolhida aos
municipários. Faz um ano, mais ou menos, que a Prefeitura deve aos municipários
da nossa Cidade e à Câmara de Vereadores. A questão das perdas salariais, a
questão dos CCs, que já trazida por outros Vereadores, a questão da
terceirização do serviço público, e o caso da PROCEMPA, esse é o grave! Quem
está vendendo a PROCEMPA para a iniciativa privada é o Governo que compra um
programa de R$ 6 milhões, que os trabalhadores da PROCEMPA têm toda a
qualificação para fazê-lo. Isso é terceirização! Sobre as péssimas condições de
trabalho, o grupo de saúde e segurança no trabalho do Simpa apresentou um
relatório em um seminário que nós fizemos aqui com a Comissão de Direitos
Humanos, em que estávamos presentes – não é, Ver. Pedro Ruas? –, e que mostrava
as péssimas condições de trabalho do funcionalismo, assim como a ausência de
plano de prevenção contra incêndio nas escolas municipais. Ou seja, casos
graves que são mudados na medida em que a categoria segue organizada, e nisso o
Simpa tem um papel fundamental, e esta Câmara se debruce sobre os temas.
Quero, por
fim, concluir que é corriqueiro à classe dominante tentar mudar a história e
tirar o protagonista dela, que é a luta dos trabalhadores. Os municipários do
padrão 2, de fato, vão ter que ganhar, no mínimo, um salário mínimo. Eu ainda
acho pouco, mas é uma conquista de agora, da greve de 2011, que está sendo
cumprida apenas agora. Então parabéns aos municipários! Força na luta!
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 083/13.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu julgava, Ver.
Villela, que o Ver. Mario Fraga havia sido muito explícito no seu
pronunciamento, na condição de Líder do Governo, falando em nome do Governo.
Fico com alguma dúvida de que ele não tivesse sido bem entendido. Nós não vamos
permitir, Ver. Mario, que se faça da votação desta matéria uma luta entre a
oposição e o Governo, nem vamos querer passar para ninguém a prioridade de ter
a sensibilidade com os servidores públicos, cuja qualificação reconhecemos, e
com os quais se tem, ao longo do tempo, a mais ampla identidade e
identificação. Eu mesmo, quando V. Exa. era Prefeito, tive a oportunidade de,
em três situações diferentes, contribuir com a legislação municipal, conviver
com os servidores municipais, e sei do valor e da qualidade deles. Obviamente
também não desconheço as suas angústias, os seus desejos, as suas
reivindicações que na grande maioria são ajustadas, adequadas e que dependem
evidentemente de circunstância que a gente possa trabalhar no sentido de elas
se realizarem.
Então, eu
deixo a minha pretensão, não falando em nome do Governo, porque já falou, com
muita propriedade, o Ver. Mario Fraga, mas acentuando o que ele diz, para não
deixar dúvida nenhuma. Nós entendemos que a constituição dessa Frente
Parlamentar é um processo que deve unir a Câmara como um conjunto, afinal de
contas, ao nosso lado, temos servidores transitórios, é bem verdade, os
detentores de Cargo em Comissão que trabalham conosco, que são servidores do
Município, sem eles nós não exerceríamos o nosso mandato. De outro lado, a Casa
detém uma plêiade de servidores efetivos pelos quais temos a maior admiração
pela dedicação deles ao serviço público, a esta Casa. Eu mesmo sempre tive o
privilégio de, quando várias vezes presidi a Comissão de Constituição e
Justiça, ter excelentes colaboradores com reconhecidas qualificações, que só
podem ser credores e merecedores do nosso respeito e admiração. Então fique
claro que nós, eventualmente, hoje apoiamos o Governo, temos a mesma posição
que tínhamos alguns anos atrás, quando aqui, na Casa, liderávamos a Bancada do
Governo, que era pequena, mas aguerrida, muito franca, muito leal e muito
sincera. Quero dizer, com toda a tranquilidade, à Ver.ª Jussara Cony e ao Ver.
João Derly que nós estamos em conjunto, solidários com V. Exas., entendendo que
essa Frente Parlamentar não é uma demarcação entre postura de oposição e de
Governo, mas, sim, uma tentativa lúcida, positiva, eficaz de juntar Governo,
oposição e toda a Casa em favor do servidor municipal. E é isso que nós
queremos fazer e, por isso, apoiamos de coração a proposta de Vossas Excelências.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 083/13, pela oposição.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste, Ver.ª Fernanda Melchionna, que fez uma
intervenção em nosso nome e em nome de quem também falo neste momento. Ver.ª
Jussara Cony, Ver. João Derly, eu quero cumprimentá-los pela iniciativa. Agora,
eu falava com servidores municipais, com a companheira Vânia que todos os dias
nós temos alguma surpresa do Executivo em relação aos servidores municipais,
via de regra, negativa. Então a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa dos
Servidores Municipais e do Serviço Público de Qualidade é algo extremamente
importante, e o PSOL faz questão de participar ativamente dessa Frente. Nós
sabemos que, ao longo dos anos, inúmeros direitos dos municipários foram
desrespeitados, e isso na Administração Direta, Indireta; isso em relação à
Carris. Aliás, abrindo um parêntese em relação à Carris, eu tenho observado
muito, Ver.ª Jussara Cony, essa questão em função do nosso trabalho, meu e da
Ver.ª Fernanda Melchionna, quanto às tarifas de transporte coletivo. Observei
os balanços e balancetes da Carris, principalmente na auditoria feita pelo
Tribunal de Contas, Ver. Alceu Brasinha, e verifiquei que a Carris tem, de
fato, dificuldades orçamentárias, gastos enormes, mas boa parte dessas
dificuldades é em função do número de CCs e de verbas mal gastas. Ora, do meu
ponto de vista, essa Frente pode tratar disso também, e temos isso em relação a
inúmeros órgãos públicos municipais.
Neste momento, Ver. Guilherme
Socias Villela, os holofotes estão dirigidos à PROCEMPA – e com razão. A
PROCEMPA precisa ser, sim, bastante investigada. A PROCEMPA é oriunda do antigo
CPD da Secretaria da Fazenda Municipal. Eu fui servidor do CPD em 1975, fui
escriturário lá, na Secretaria da Fazenda Municipal, e a PROCEMPA hoje
representa aquilo que há de pior na gestão municipal! Nós temos todos os
defeitos da gestão municipal exemplificados na gestão da PROCEMPA. E a questão
da Carris é algo sobre o que nós precisamos nos debruçar. Eu não estou sendo
aqui repetitivo em relação ao que já foi dito, porque concordo com todos os
argumentos, tudo o que foi dito, principalmente em relação ao dano moral, que
constantemente tem acontecido ao longo dos anos. Nós temos episódios graves, de
alguns anos atrás, de denúncias de assédio sexual; nós temos, enfim, uma série
de desmandos em relação aos servidores, mas que se reflete no serviço público
municipal de qualidade. Esse problema, lá no posto de atendimento de saúde,
essas verbas que não aparecem, são problemas que essa Frente Parlamentar terá
que enfrentar, são situações muito graves. Nós teremos um fórum adequado para
debates dessa natureza, porque lá nós temos uma denúncia de cerca de R$ 300 mil
que vêm, há bastante tempo, regularmente, e que nunca apareceram. Dois anos!
Isso é muito grave, Ver.ª Sofia Cavedon! Então, a Frente que propõe – é uma
espécie de fórum – o Ver. João Derly e a Ver.ª Jussara Cony têm o nosso
integral apoio não só agora na hora da votação, mas o apoio na execução, no dia
a dia de uma Frente que vai fazer, sim, muita diferença aqui em Porto Alegre.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Ver. Pedro Ruas.
Em votação o Requerimento nº
083/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. ALBERTO KOPITTKE (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu justifico o seu Requerimento
em razão de precisarmos de 24 votos para votar o Título de Cidadão Honorário.
Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Alberto Kopittke. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Vinte e
nove Vereadores presentes. Há quórum.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, evidentemente que com 26 ou 27
Vereadores, contando com V. Exa., há quórum. Apesar de nós estarmos em uma
situação excepcional hoje: temos aqui quatro Vereadores que se encontram
devidamente licenciados da Casa, o que já desceria o total para 32 Vereadores.
Em verdade, nós temos duas ausências, sendo que uma é do Ver. Airto Ferronato,
que se encontra com sua mãe enferma no Interior do Estado e que, ontem, se
deslocou para lá e certamente poderia justificar.
Se, por cautela, nós entendermos
que é um risco depender de 24 votos para aprovar o próximo Projeto, e não
venhamos a alcançá-lo, eu não me insurgiria da ideia de adiar esta votação,
porque, afinal de contas, nada irá afirmar o nosso trabalho aqui, pelo fato de
que, com 29 presentes, nós vamos votar esta matéria. Há projetos que não são de
minha autoria, são da Mesa, do Ver. João Antonio Dib, e eu não gostaria de
correr risco nenhum. Mas a Casa deve ter juízo nesse particular. É isso que eu
quero colocar, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Feito o registro.
O
SR. MARIO FRAGA: Presidente, só para fazer um registro da mesma
forma que o Ver. Pujol fez. A Ver.ª Luiza Neves também está na PUC, com uma
pessoa enferma. É lógico que ela não estará presente, mas ela telefonou
comunicando.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, temos 29 Vereadores presentes, há quórum suficiente para votarmos
os Títulos de Cidadão Emérito, quando são necessários 24 votos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1509/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor José Antonio
Fernandes Martins.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ e CECE.
Relatora-Geral Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 29-05-13.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLL nº 147/13.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal o PLL nº 147/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, quero fazer uma Declaração de Voto (Lê.): “Eu declaro o
meu voto favorável, já expresso no painel, não só pelos méritos do homenageado,
sobre todos os aspectos que guardo, mas, sobretudo porque a Casa forma um
consenso nesta hora de consagrar as homenagens que hoje estão sendo prestadas e
que a do Dr. José Antonio Fernandes Martins era uma das oportunidades”.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Como sempre, V. Exa. é ótimo. Obrigado.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1715/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 174/13, de autoria da Mesa Diretora, que concede
o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor João Antonio Dib.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ e CECE.
Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 29-05-13.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o
PLL nº 174/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 174/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1194/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 108/13, de autoria da Verª Mônica Leal, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Alberto Pretto
Moesch.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ e CECE.
Relator-Geral Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos
do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 29-05-13.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o
PLL nº 108/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 108/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 029/13 – (Proc. nº 0558/13 – Ver. Delegado Cleiton) – requer Moção de Solidariedade com os agentes públicos que atuaram no socorro às vítimas do incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria/RS.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº
029/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 15h37min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 0728/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 049/13, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que obriga as instituições bancárias no âmbito do Município de
Porto Alegre a instalarem aparelhos de raios-X para controle de acesso dos
pertences dos clientes e dá outras providências.
PROC.
Nº 0778/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 051/13, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que dispõe sobre o tombamento do imóvel localizado na Av. Carlos
Barbosa, nº 1525, antiga sede do Grêmio Gaúcho, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 0779/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 052/13, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que altera o caput do
art. 4º, o parágrafo único do art. 5º, o caput
e o parágrafo único do art. 6º e o caput
do art. 9º e inclui parágrafo único nesse artigo, todos na Lei nº 6.873, de 25
de julho de 1991, alterada pela Lei nº 7.134, de 29 de julho de 1992, dispondo
sobre comercialização, conservação, depósito e queima de fogos de artifício e
dando outras providências.
PROC.
Nº 1404/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 131/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que
declara de utilidade pública a entidade Projeto Bicho de Rua.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Solicito à Ver.ª Sofia Cavedon
que assuma a presidência dos trabalhos para que eu possa fazer minha
manifestação.
(A Ver.ª Sofia Cavedon assume a
presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para discutir a Pauta.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sra. Presidente, Ver.ª Sofia Cavedon; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, há quatro projetos em Pauta, sendo que três são
de minha autoria; então, ocuparei o tempo dos senhores e das senhoras para
fazer sua defesa.
O primeiro projeto trata dos
raios x nas instalações das agências bancárias. Esse projeto trata da
instalação de aparelhos de raios x para radiografar os pertences, as bolsas, as
pastas – não é o corpo –, com dois objetivos: evitar o constrangimento não só
dos clientes, mas também dos trabalhadores em segurança que, cotidianamente, enfrentam
essa situação desconfortável de, muitas vezes – especialmente as mulheres, que
normalmente portam bolsas –, por questões de segurança, tendo que se sujeitar a
alguns inconvenientes; e o desconforto das pessoas que trabalham na segurança
das agências bancárias. Por isso estamos propondo esse projeto.
Outro projeto que vou defender é
o que dispõe sobre o tombamento do imóvel da antiga sede do Grêmio Gaúcho. Não
sei quantas vezes fiz aqui a defesa da necessidade de preservar o prédio do
Grêmio Gaúcho – e espero que ainda esteja aqui o Dr. Almeida, que representa o
Governo nesta Casa, assim como os demais Vereadores da base. Esse prédio está
localizado na Av. Carlos Barbosa, esquina com a Rua Bispo Laranjeira, com a Av.
Niterói, ali naquele quarteirão com a Rua Sepé Tiaraju.
No dia 22 de maio, esse prédio
completou 115 anos. No dia 22 de maio de 1898, Cezimbra Jacques, patrono do
tradicionalismo, liderava a criação do Grêmio Gaúcho aqui no Rio Grande do Sul,
especialmente em Porto Alegre. Os grêmios foram criados também em algumas
regiões da fronteira, mas especialmente no Uruguai e na Argentina, como um
movimento em defesa da cultura latina. Era uma forma de resistência à cultura
estrangeira que adentrava violentamente aqui no Sul, na América do Sul. Os
grêmios tinham, além de agregar a sociedade, um objetivo: preservação da
cultura regional. Não há dúvida que, do Grêmio Gaúcho, surgiu – e assim diz
seguidamente Paixão Côrtes – o sentimento para se criar o Movimento
Tradicionalista Gaúcho. Muitas vezes tenho me perguntado por que a direção do
MTG não tem se somado a este Vereador nessa luta, nessa incansável luta. Essa é
uma pergunta que não tem resposta, Ver. Reginaldo Pujol. Talvez tenha sido pela
dificuldade que este Vereador teve em tratar algumas questões com
administrações passadas do MTG. Mas essas coisas, da minha parte, ficam de
lado; nós precisamos defender o todo. E é por isso que nós estamos aqui – a 1ª
Região Tradicionalista e todos aqueles que admiram a nossa cultura – clamando
para a atual Diretoria do MTG que faça um movimento no sentido de preservar
esse prédio. São 115 anos de história! O Grêmio Gaúcho é um marco do
tradicionalismo no quarteirão formado pela Bispo Laranjeira, Sepé Tiaraju,
Niterói e Carlos Barbosa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Bernardino Vendruscolo
reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Bernardino. Agradeço aos Vereadores
dos nossos três Partidos. Hoje é um dia muito triste, um dia de indignação, de
revolta, porque não me lembro de a nossa Cidade ter vivido uma situação tão
constrangedora para as instituições públicas, uma situação de tanta violência,
de ausência de direitos humanos, Ver. Sgarbossa. Vinte e sete jovens,
estudantes, acampados há um mês, foram retirados à força, no meio da madrugada,
sem aviso prévio, sem combinação; não seguiram o
procedimento usual feito com todas as ocupações. Aqui está a CUTHAB, e os
Vereadores sabem em quantas ocupações postergaram a reintegração de posse, que
negociaram, Ver. Brasinha, a reintegração de posse, que a Brigada Militar,
quando agia, ia lá e negociava com as lideranças, marcava a data e exigia da
Prefeitura estrutura para a desocupação. E o que fizeram com os jovens, jovens
pacíficos cujo dístico, cuja marca do movimento era um coração vermelho? Jovens
que fizeram caminhadas com flores, com guarda-sol, com cartazes, com dança, com
música, com teatro, sem nenhuma pichação sequer ou uma lâmpada quebrada ou uma
pedra chutada no Centro da cidade de Porto Alegre. Portanto, um movimento
pacífico, um movimento bonito, apoiado por entidades ambientais, pela Agapan,
apoiado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, apoiado pelos moradores do
Centro, por representantes do Orçamento Participativo e do planejamento do
Plano Diretor, jovens apoiados por uma enorme rede social, por movimentos como
a Defesa Pública da Alegria, e foram arrancados desse acampamento. Senhores, às
10h da manhã, quando eles saíram da 9ª DPM e foram buscar os seus objetos,
sabem o que eles recolheram daqueles sacos de lona? Violão, cavaquinho,
bicicleta, travesseiros, pantufas, cobertores, artesanato. Esses eram os
pertences dos jovens acampados, dos “perigosos” jovens acampados, e um imenso
aparato policial, no meio da madrugada, e eles foram arrancados aqui debaixo
das árvores, ao lado da Câmara de Vereadores. Senhores, em nome do quê? Em nome
de uma obra que tem que sair daquele jeito, que tem que sair depressa, que vai
encher de automóveis se dirigindo para a Av. Siqueira Campos, se dirigindo para
a esquina do Mercado Público com a Prefeitura, três pistas de cada lado. Em
nome da velocidade alta que o automóvel deve andar e em nome da velocidade que
o automóvel individual tem que andar em Porto Alegre, em nome de uma obra
superfaturada. Eu vou repetir, uma obra superfaturada, e o Dr. João Batista
Figueira, Procurador do Município, ontem fez uma manobra para evitar que eles
tivessem o direito de justiça, de que fossem avisados 48 horas antes. Foi uma
manobra vergonhosa do Procurador, com a sua Adjunta, em nome do Prefeito
Municipal e do Prefeito em exercício. Sabem o que ele disse sobre essa obra que
tem um apontamento, no final de 2012, de R$ 2,86 milhões de sobre preço? “Não,
Vereadora, nós estamos respondendo os apontamentos, se for o caso, nós vamos
buscar esse dinheiro de volta. Em Porto Alegre não tem mais improbidade
administrativa; em Porto Alegre não tem mais desvio e corrupção, é possível
fazer, e ajeitar conforme o caminho!” E o que está acontecendo, em nome desse
tipo de lógica, é que a juventude de Porto Alegre foi agredida, violentada e
perde a esperança na instituição pública, perde a esperança nos Partidos
políticos, perde a esperança na democracia, e depois não querem que ela se
manifeste como antipartidários, como anárquicos.
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON: ...E eu quero dizer
que é muito triste, mas que não é um dia de luto – o Ver. Clàudio Janta pintou
o coraçãozinho aqui –, é um dia de luta, porque esse não é um episódio
separado. Esta Cidade tem priorizado o que não é humanização, o que não é
harmonia, o que não é meio ambiente, o que não é a sua gente. Não é a Cidade
dos nossos sonhos, não é a Cidade dos nossos jovens. Triste um Governo que
prende e atropela jovens, triste o Governo que tem movimento de rua, de massa,
questionando o seu autoritarismo e a sua violência de Estado. Que triste esse
Governo, que tempo horrível em Porto Alegre, que já acolheu o Fórum Social
Mundial muitas vezes!
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Faço um registro coletivo para que os Vereadores cuidem o tempo, porque
o painel de som está sem controle.
O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, procurarei ser o mais
cumpridor possível do Regimento da Casa, porque a minha vinda à tribuna tem o
objetivo muito especial, exatamente, de sustentar a vitória do Estado
Democrático de Direito nesta Cidade. O que houve hoje, Sr. Presidente, e que
foi daqui da tribuna impugnado, foi o cumprimento de uma ordem judicial,
decorrente de uma situação que se alongava no tempo, e, depois de amplamente
discutida pelas cortes judiciais do Estado, acabou por definir pela realização
dos atos pacíficos que hoje ocorreram. Eu sei que os opositores dessa medida
estão com uma grande mágoa. Não é uma mágoa pelo corte das árvores; é a mágoa
pelo fato de a operação ter sido realizada com êxito e sem que ninguém tenha
sequer sido ferido. O que queriam era uma catástrofe, pessoas sendo agredidas,
tumulto, desordem, e não conseguiram, por isso estão magoados. O que ocorreu
hoje, meu querido Ver. Mario Fraga, foi o cumprimento de uma ordem judicial.
Diziam que foi feito de madrugada; foi feito, sim: não queriam que se fizesse
ao meio-dia, para não tumultuar o trânsito de Porto Alegre nesse horário. A
estratégia, Ver. Clàudio Janta, estabelecia que era mais conveniente que assim
ocorresse, para que se atingisse o primeiro dos grandes objetivos: que ninguém
fosse maltratado, ninguém fosse violentado, ninguém fosse machucado, ninguém fosse
lesionado nessa operação. E, com a graça de Deus e pelo bom senso, não correu
nada disso. É isto que estamos festejando agora: o cumprimento das normas
legais dentro do Estado de Direito Democrático, pelo qual muitos brasileiros
lutaram, nós, inclusive; e eu, especialmente, abri mão da prerrogativa de quem
detinha o Governo, na ocasião, para lutar pela normalidade democrática. E a
normalidade democrática diz o seguinte: as leis devem ser respeitadas, e as
decisões judiciais da mesma forma. Aliás, se nós chegamos a essas
circunstâncias, foi porque antes esse processo foi judicializado, com obtenção
de liminares impeditivas do corte de árvores. Naquela ocasião, bateu-se palma
para a Justiça, e nós nos conformamos com a decisão judicial; fomos instruir os
processos, fomos buscar a reparação daquilo que nos parecia um equívoco e
conseguimos. Agora, com a decisão da eminente Magistrada, que assim procedeu,
outro caminho não tinha, senão cumprir a ordem judicial, porque, do contrário,
seria a desordem pública. Quando há ordem judicial e ela não é cumprida, é a
desordem pública! E quando esta se estabelece, é o caos no processo
democrático!
E eu quero
dizer a V. Exa., anarquista: não me provoque, porque eu tenho poupado V. Exa.
que anda por aí a estimular a desordem. A desordem não vai vencer! Existe
justiça neste País! E nós haveremos de trabalhar para que essa justiça seja
respeitada. E os desordeiros serão derrotados. Os desordeiros e as desordeiras
serão derrotados, sim, senhor, porque a grande maioria da população de Porto
Alegre não acredita que a desordem possa ser o caminho da democracia.
Nós vimos,
participamos de debates, concedemos, abrimos espaço para o diálogo, fizemos o
maior esforço possível, reduzindo o número de árvores a serem cortadas para
chegar a um bom termo e para hoje poder estar, aqui, festejando. A lei foi
cumprida, a ordem judicial foi respeitada, e ninguém foi molestado, para
desagrado daqueles que queriam sangue, queriam manchetes de jornais, queriam
que a desordem pudesse continuar sendo festejada.
Não lograram
êxito, nem lograrão! O Governo tem um compromisso: trabalhar dentro da
legalidade, da ordem jurídica e do respeito às leis. Obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, Prof. Garcia, Ver.ª
Sofia, a senhora sabe muito bem que o Governo agiu gentilmente com relação a
essa matéria, tratou da matéria intensamente, deu o tempo necessário para as
negociações. O Governo não foi truculento em hipótese alguma. V. Exa. sabe
muito bem disso.
Foram vários
dias com intensos debates, tivemos Audiências Públicas, e vocês sabem que
aquela obra tem que sair, Vereadora, aquela obra não pode parar, porque ela é
para o bem da Cidade. Não podemos trancar a Cidade, pois ela cresce. Aquelas
árvores não nasceram ali, foram plantadas no aterro. Então, Vereadora, eu
entendo o seu clamor e a sua força de vontade em mantê-las, mas também quero
dizer que a senhora e aqueles 26 cidadãos que estavam ali não representam, em
hipótese nenhuma, a voz e o povo de Porto Alegre. Se representassem, a senhora
poderia ter a certeza absoluta de que não iriam sair. O grande problema,
Vereadora, é que nós não podemos trancar a rua, não podemos ser empecilho para
a Cidade crescer. Faz 36 anos que eu moro nesta Cidade, Marcelo. Cheguei aqui e
morei numa praça, então também defendo as árvores, porque acho isso importante.
Mas nós não podemos botar empecilho no crescimento da Cidade. E tem a Copa do
Mundo... Como uma obra caríssima, que custa milhões para a Cidade, está parada,
ali, com esse problema das poucas árvores? E lá em São Paulo, Vereador, o
Haddad, que é de seu Partido, que deu a liberação de 1.700 árvores para a
construção de um condomínio de ricos, Vereadora! É só a senhora pesquisar para
ver. Quase 2 mil árvores! Vou convidar a senhora para nós irmos lá e subirmos
na árvore, para darmos uma perturbada no Governo. E quem traiu a senhora foi o
seu Governo, aqui. A Brigada Militar, que é do Governo Tarso Genro – Governo
que eu gosto e defendo.
Quero dar os
meus parabéns, porque fizeram um horário diferenciado, não houve problemas no
trânsito, assim como não houve problemas de atritos ou brigas. Eu acho que a
Cidade ganha, Vereadora. A senhora pode ficar chateada, e eu sei que está
triste, porque lutou, mas a Cidade ganha. Nós não podemos permitir que não
aconteça a Copa do Mundo, pois estamos às vésperas. E, aí, nós vamos pagar lá
fora, porque, na Cidade de Porto Alegre, nada funciona. É bonito só na cidade
dos vizinhos. Lá, é tudo bonito; aqui, não pode acontecer nada.
Eu acho que a
cidade de Porto Alegre mostra que, realmente, a justiça foi feita e tem que ser
cumprida. Por isso existe lei, e lei é para todos.
Estão de
parabéns. O Ver. Bernardino e o Prefeito Fortunati realmente deram toda a
atenção, todo o tempo à manifestação feita pela comunidade, pelas pessoas que
representavam os ecologistas, que também estão de parabéns. Eles lutaram pelo
seu ideal, e não tiveram o seu tempo perdido.
Obrigado,
senhores.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa-tarde a todos e a todas. Realmente, assinando embaixo do que diz a
Ver.ª Sofia Cavedon, hoje é um dia de luto para a democracia na Cidade, porque
não conseguimos fazer o debate correto, o debate ficou ancorado em obra ou
árvore, e mesmo as pessoas que defendiam e defendem que não se cortassem as
árvores, uma das falas era que, se fosse um projeto bom, até se cogitaria. Mas
não é, infelizmente, Ver. Brasinha. Progresso, hoje, em pleno 2013, não é mais
abrir ruas. Que bom – e falei isso em outra manifestação –, que aqui tudo o que
falamos ficará gravado, porque, daqui a três ou quatro, ou cinco, não será em
dez anos, será bem menos, as ruas estarão ainda mais trancadas. Neste caso
específico, mais trancadas ainda porque, se é para favorecer o fluxo que vem da
Zona Sul e passa pela Beira-Rio, depois passamos em frente ao Mercado Público.
O que vai ser feito ali, também vai ser duplicado? Então estamos ampliando aqui
para continuar o funil logo ali á frente.
Aliás, por
falar em Mercado Público, uma conquista, porque o progresso de que se fala hoje
queria tirar o Mercado Público, e hoje é reconhecido como um dos pontos mais
importantes, centrais, de nossa Capital.
Eu não
gostaria de ter razão neste debate, mas, infelizmente, daqui a alguns anos, se
estiver aqui ou não estiver, se estiver na plateia, eu vou de alguma forma
dizer: olha, Vereadores e Prefeito, tomamos a decisão errada, e vamos ter que
fazer como muitos países fizeram, acabar com as autopistas e construir áreas
verdes para as pessoas. E um dia, em uma apresentação, mostrei aqui, em Seul,
Nova York, Boston, em várias cidades, locais que eram autoestradas dentro das
cidades e hoje são áreas verdes para a população poder circular livremente.
Infelizmente o
debate ficou nisso, e inclusive alguns jornais relataram: “obras ou elas”, as
árvores. Não era esse o debate, o debate ficou, infelizmente, muito setorizado.
A Justiça,
realmente, ontem à noite, enviou um Oficial de Justiça até o acampamento, e ele
entregou uma intimação. Justamente, uma das falas, uma das motivações é ter uma
obra que facilitaria a mobilidade urbana na Cidade. A Juíza não está informada,
ela não tem conhecimento de mobilidade urbana, assim como esta Gestão. Isso é
um retrocesso, e a Justiça apenas autorizou. O Ver. Pujol colocou aqui como se
fosse uma obrigação fazer a obra; não, ela apenas autorizou o corte, ela não
entrou no mérito administrativo da execução ou não da obra. Nós demos um
exemplo péssimo. Eu atuei já como advogado em algumas ocupações de moradores.
As desocupações são sempre feitas assim: o Oficial de Justiça chega, intima,
negocia, e a desocupação é feita a partir das 6 horas da manhã, à luz do dia,
isso é feito de forma tranquila. Dessa vez, foi feita na madrugada; foi um
exemplo maldito que o Poder Público deu, ou seja, precisa ser feita de forma
escondida, aliás, como foram feitos os primeiros cortes. A Câmara foi
surpreendida, no dia 6 de fevereiro, uma motosserra e o Engenheiro Baú estavam
ali cortando as árvores da Usina do Gasômetro. Nós corremos ali, e os jovens
conseguiram impedir o corte de outras três árvores. Depois de reprojetado, não
precisavam mais serem cortadas. Então, sempre é possível, nesta Gestão,
reprojetar para poupar – esse é um verbo interessante – algumas árvores.
Realmente, são vidas. Agora, não há um apego fundamentalista às árvores, pelo
menos da minha parte e da maioria das pessoas. Só isso já justificaria, mas não
é esse o debate. Infelizmente, não conseguimos fazer um grande debate, porque o
debate ficou no córner, como se fosse uma questão de ambientalistas contra esse
dito progresso que muitos, inclusive Vereadores, aqui colocam.
Então, é com
muito pesar que digo que, nesta data, a democracia morreu um pouco em Porto
Alegre. Isso nos dará razão no futuro e isso, certamente, será cobrado também
nas urnas. Obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, pessoas que nos assistem,
principalmente aquelas que estão em casa acompanhando a TVCâmara. Creio que
fica, deste episódio todo, da continuidade da obra planejada pelo Poder Público
é que a Prefeitura agiu dentro da lei, a partir de todo o processo ocorrido
quando do início da retirada das árvores para ampliação da Av. Edvaldo Pereira
Paiva.
Eu fiz uma
retrospectiva e eu peço que os senhores e as senhoras acompanhem. A partir de
protestos de manifestantes e ativistas, uma ação questionando a retirada da
vegetação foi ajuizada pelo Ministério Público. Passado um período de
tentativas de diálogo por parte da Prefeitura com os manifestantes acampados na
área da referida obra e o período necessário de verificação e análise, o
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu suspender a liminar que
impedia o corte de árvores nas proximidades do Gasômetro, por decisão unânime
de três desembargadores, e providenciar, imediatamente, a desocupação do
acampamento dos manifestantes, o corte das árvores e a retomada das obras. O
estudo e o envolvimento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, SMAM, quando
responde pelos laudos sobre as tipologias e critérios de cortes das árvores a
serem retirados, foi considerado. Um dos Desembargadores, Carlos Eduardo Duro,
ao proferir seu voto, lembrou que a maioria, cerca de 73%, é de espécies
exóticas ou invasoras, extremamente comuns, não estando ameaçadas de extinção.
Até porque a área em questão é um aterro. História recente na Capital é que
duas árvores – prestem atenção! – duas árvores somente, consideradas raras,
serão transplantadas para próximo do Anfiteatro Pôr do Sol, com autorização
legal, fora as 30 espécies, que puderam ser poupadas em uma contabilidade
revista após a manifestação popular, e as 400 mudas que serão plantadas como compensação
ambiental. E, finalizada a ocupação em forma de acampamento, restou também a
opinião do Juiz Fernando Carlos Diniz em sua sentença que denominou como
elogiável a atitude dos manifestantes de tentar conscientizar as autoridades
para a necessidade de proteção ao meio ambiente, mas que essa postura, porém,
deve ser exercida nos trilhos da legalidade, sem partir para a resistência cega
e obstinada como ranço ideológico, como pareceu
ser esse caso, que assim deixa de ser uma conscientização legítima e não serve
à democracia. Eu concordo com os Magistrados, servindo a minha consciência e
confiando na Prefeitura de Porto Alegre, quanto à execução de um projeto
baseado em estudos sérios e leis aprovadas. Por fim, eu gostaria de finalizar
dizendo que sempre, na minha vida política e de cidadã comum, defendi o
cumprimento da lei, são duas decisões judiciais: uma suspendendo a Liminar, que
havia proibido o corte, e a outra determinando a retirada dos ocupantes num
prazo de 48 horas. Ora, senhores e senhoras, em qualquer país sério deste
Planeta, a Polícia já teria retirado esses desordeiros. E volto a dizer quem é
desordeiro: é aquele que não cumpre ordens, que vive à margem da lei. Ora, no
caso, há uma determinação judicial permitindo o corte, então não há mais o que
discutir. Por favor! Nós temos obrigação de cumprir a lei, nós, Vereadores, não
podemos incentivar a baderna sob pena de estar rompido o Estado de Direito.
Muito obrigada.
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu estava pensando sobre dois temas da tragédia que a cidade de Porto
Alegre assistiu na manhã de hoje, aliás, na madrugada, Ver. Reginaldo Pujol,
não foi na manhã, foi madrugada, na calada da noite, na surdina da madrugada.
E, enquanto vocês falavam, eu pensei, “cá com os meus botões”, que existem correntes
ideológicas que sentem saudade dos tempos da ditadura militar, que sentem
saudade da supressão das liberdades democráticas, que sentem saudade dos
desaparecimentos forçados, da tortura, das aposentadorias que fez o regime
militar, que foi um período que começou em 1964, mantendo-se até 1985, sendo
que a primeira eleição direta foi em 1989. E esses argumentos, desses que têm
saudade, na verdade ficam claros quando eles desconsideram três elementos que,
para mim, são fundamentais: primeiro, uma megaoperação de guerra montada na
madrugada, descumprindo as normas para ações judiciais, que estabelecem que elas
têm que ser executadas das 6h às 22h, a ação judicial não pode ser executada no
meio da madrugada. E foi feita uma operação de guerra com 200 policiais
militares, enquanto muitas pessoas, em nosso Estado, estavam sendo assaltadas,
porque há muito problema de segurança no nosso Estado e no nosso Município,
então estavam lá, 200 policiais que descumpriram uma decisão do Supremo que
proíbe o uso de algemas quando não se apresenta resistência. As pessoas não
apresentaram resistência, arrancaram e quebraram as suas barracas. E
descumpriram mais – que eu acho que configura até um processo por danos morais
e materiais desses jovens –, porque a Justiça fez uma notificação e ontem foi
um Oficial de Justiça falar com os jovens, dando 48 horas para se retirarem. A Prefeitura,
à revelia, disse que suspendeu a notificação. No processo, segue, como último
despacho, a notificação e, simplesmente, em nosso Município, não precisa mais
processo judicial. Isso é uma supressão das liberdades democráticas e do
próprio processo judicial que, muitas vezes, nós criticamos, enfim, mas, o
mínimo, como direito à defesa, ao tempo, não foi cumprido.
A Cidade amanheceu cinza, não só
pela chuva, mas pelas ruas trancadas para garantir as motosserras nas árvores
tipuanas – as mesmas criticadas aqui pela oposição, pela direita, que faz a Rua
Gonçalo de Carvalho se configurar como a rua mais bonita do mundo para alguns
jornais – que demoraram 70 anos para crescer. Vão demorar muito mais tempo as
pretensas compensações que a Prefeitura diz que vai fazer, porque a mesma
Prefeitura que comete esse crime ambiental, que desrespeita a legislação, que
viola direitos humanos fundamentais da juventude, que viola as liberdades
democráticas, trocou árvore por motosserra, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente,
como nós já denunciamos, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, no ano passado.
Trocaram mudas de árvores por motosserra, enxada e gasolina: quanto apreço pelo
meio ambiente, não é? Como alguns vêm aqui, demagogicamente, falar nesta
tribuna! Sinceramente, se este País e se esta Capital fossem sérios, nós não
teríamos esses 27 jovens que estavam resistindo e lutando por uma causa justa,
a causa ambiental, sem oferecerem resistência, algemados, agredidos, violados
na calada da madrugada, não seriam jovens que teriam sido presos. Se este País
fosse sério, estariam presos empresários envolvidos em esquemas de licenças
vendidas da Prefeitura, Secretários que chegaram a serem presos, mas foram
liberados, e ninguém, até hoje, sabe quais foram as licenças vendidas, quais os
danos ambientais, quanto esses corruptos e corruptores ganharam e qual foi o
preço pago pela natureza. Aliás, quero dizer para aqueles que vêm com esse papo
furado de que a Prefeitura tem toda a representação para fazer esse tipo de crime
ambiental, que o Fortunati não ganhou a eleição dizendo que cortaria árvores,
que aumentaria o número de CCs, que teria um Secretariado marcado por denúncias
de corrupção e que violaria direitos humanos fundamentais. Então, quem
representa, de fato, a luta pela democracia e a luta pelo meio ambiente, serão
as ruas que vão dizer, e não esta Câmara, tampouco a Prefeitura Municipal.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
(A Ver.ª Sofia Cavedon reassume a
presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra. (Pausa.)
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sra. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, o Ver. Bernardino Vendruscolo praticamente tomou conta da Pauta no
dia de hoje; dos quatro projetos, três são de sua autoria. Um deles é merecedor
da minha melhor atenção, porque o Vereador mobilizou documentos, um esforço
muito especial e um ordenamento muito adequado para propor o Projeto de Lei que
dispõe sobre o tombamento do imóvel localizado na Av. Carlos Barbosa, 1.525,
antiga sede do Grêmio Gaúcho, e dá outras providências. Eu tive a oportunidade,
Sra. Presidente, de compulsar vários documentos, especialmente notícias de
jornais, como a inserida no jornal Correio do Povo, de 20 de setembro de 1998,
que fala cem anos de tradicionalismo e apresenta a sede do Grêmio Gaúcho. E,
mais do que isso, reuniu aqui os estatutos da entidade, documentos dos mais
diversos, demonstrando uma absoluta e necessária vinculação entre a vontade por
ele expressa no projeto de lei, que pretende ver transformado em lei, e a
entidade mantenedora do Grêmio Gaúcho, que é a proprietária do bem imóvel que
se vê bem tombado. Por que essas minhas considerações? É porque eu não desconheço,
Sra. Presidente, e não podem desconhecer aqueles integrantes da Casa, com mais
tempo de atividade legislativa – especialmente de atividade da área de formação
jurídica dos processos –, que há uma exigência de normas formais para que haja
previamente a preparação de um projeto de lei de iniciativa legislativa. Aliás,
diríamos mais: a excepcionalidade é a iniciativa legislativa. No caso, o zelo
do proponente do projeto fez que essa obrigatoriedade formal ficasse
extremamente atenuada, porque algumas regras impositivas que o regramento
jurídico possui necessariamente precisam ser satisfeitas, entre as quais o
conhecimento prévio do detentor do domínio do bem tombado, fato que, se
formalmente não é satisfeito pela forma mais adequada, é de forma circunstancial
na medida em que essa juntada de documentos, que aqui ocorre, demonstra com
clareza a consonância da entidade a ser tombada com a vontade inserida no
projeto de lei pelo proponente do projeto.
Ora, Sra. Presidente, esses
comentários eu faço porque não posso ser incoerente! Eu declarei, quando
tramitou na Pauta o Projeto de Lei dos Vereadores. Bernardino, Fernanda e Pedro
Ruas, que havia um vício de iniciativa. E essa aqui eu deixo de apresentar esse
vício, e quero louvar a sua qualidade no trabalho preparatório desse projeto,
porque V. Exa. conseguiu sanar com esse vício aparente que o projeto poderia
ter, ao reunir elementos dentro do projeto, demonstrando claramente uma
sintonia com a entidade tombada e com o objetivo de sua proposta.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte?
O
SR. REGINALDO PUJOL: Vossa Excelência me dá o prazer do seu aparte, e eu
fico muito grato.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: Eu fico muito feliz em receber o seu apoio. Fico
muito feliz mesmo. Muito obrigado.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Vereador, eu apoio todas as iniciativas que são
propostas com adequação legislativa nesta Casa. E V. Exa., experimentado que
está pelos exercícios consecutivos de vários anos de vereança e cumulado com a
presença da Comissão de Constituição e Justiça, soube contornar esse processo.
Então, eu quero, sem nenhum temor de estar sendo precipitado na análise, como
se trata de uma discussão preliminar, dizer que vejo esse projeto com essa
característica. O projeto está amplamente documentado, e isso vai nos permitir,
na análise da Comissão de Constituição e Justiça, considerar essa circunstância
e dirigir a nossa decisão sob o prisma da responsabilidade objetiva e,
sobremaneira, da superação de eventual deficiência formal do processo pelo conteúdo
de mérito que ele encerra e, especialmente, porque atende uma das prerrogativas
e uma das exigências que a Lei Maior faz. É que, no caso do tombamento, exista,
desde logo, ab initio a concordância
expressa do detentor do bem tomado. Era isso, Sra. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, querido Ver. Clàudio Janta, obrigado
por ter permitido eu falar aqui antecipadamente, e agradecer pelo bom trabalho
que o senhor exerce nesta Casa, assim como o querido Delegado Cleiton.
Mas eu quero
falar do PLL nº 049/13, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que é muito
bom, pois vai beneficiar as pessoas que passam vexame quando passam nas portas
giratórias dos bancos. Acho que este projeto dos aparelhos de raios x é
importante, é relevante, e a sociedade vai ficar muito satisfeita por não ser
mais barrada nas portas giratórias dos bancos. Este projeto vem na hora certa;
vão lucrar todas as pessoas que sempre têm problemas ao passarem por essas
portas com seus objetos pessoais – bolsa, mochila, pochete –, e isso não trará
grande custo para os bancos, porque os bancos tomam muito das pessoas. Eu não
consigo entender como temos Vereadores aqui que defendem os bancos, e defendem com a
maior tranquilidade, como o Ver. Nedel – gosto de citar o nome das pessoas. Ele não está aqui hoje, mas defende os bancos. E defende o
Turismo, mas ele é contra as coisas que acontecem na Cidade. Não entendo isso.
É a favor do Turismo, é Presidente da Frente Parlamentar de Turismo, mas votou
contra um projeto que, justamente, alterava o horário de funcionamento dos
restaurantes e bares na cidade de Porto Alegre. Ele votou contra!
Então, quero
dizer ao Ver. Bernardino que este projeto é muito bom. O senhor está de
parabéns, porque ele vai beneficiar milhares de pessoas que chegam ao banco e
têm dificuldade de entrar.
Com certeza,
pode contar com o meu apoio e com o apoio da Bancada do PTB. Essas coisas boas
o nosso Prefeito Fortunati aplaude, porque ele é preocupado com a Cidade, com
tudo o que acontece em Porto Alegre. É um Prefeito de todos, de toda a
comunidade. É abençoado por Deus. Os “Josés” são abençoados. Saiu um José, e
veio um José mais abençoado ainda. Então, certamente, este Prefeito vai
aplaudir o projeto do Ver. Bernardino.
Muito
obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste pela TVCâmara, venho novamente à tribuna dizer que o projeto do Ver.
Bernardino merece ser discutido e aprovado por esta Casa, porque é um projeto
que preenche as necessidades da população de Porto Alegre quando chega numa
agência bancária e é humilhada, pode-se dizer, ao passar nas portas, que, na
realidade, não representam uma segurança. Ali temos que nos despir de todos os
nossos pertences, tirar dezenas de coisas de dentro de nossas bolsas, dos nossos bolsos,
podendo passar tudo por um aparelho de raios x, facilitando a nossa vida quando
chegamos, por exemplo, em vários órgãos públicos, Ver.ª Mônica Leal, como no
Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa, aeroportos, onde se passam os
pertences por um aparelho de raios x. É importante esta Casa discutir segurança
e comodidade da população, temos que trazer conforto para a população, e isso é
um conforto para a população. Esse é um acesso que se oferece à população
quando, por exemplo, uma senhora, quando um trabalhador, quando uma criança,
quando um fotógrafo chega à agência bancária e passa seus pertences por raios
x, retira do outro lado sem ter que tirar tudo de dentro das suas bolsas, de
seus coletes, dos seus casacos.
Também quero aproveitar e
salientar um projeto que deve vir para esta Casa, de autoria do Ver. Delegado
Cleiton, que é o Estatuto da Segurança Bancária, que prevê até um
guarda-volumes na entrada. Quem quiser, pode usar o guarda-volumes, como nos free shops que há em Livramento, em Río
Branco, nos vários free shops que
existem nas nossas fronteiras. Não quer passar no aparelho de raios x, deixa
seus pertences ali. E nesse projeto, o Delegado Cleiton acomodou toda a
legislação já existente relativa à segurança bancária do cidadão de Porto
Alegre, dos trabalhadores bancários, dos vigilantes e da população de Porto
Alegre.
Agora, com relação a esse projeto
de V. Exa. que institui a utilização de aparelhos de raios x no sistema
bancário de Porto Alegre, esta Casa tem a obrigação – apesar de toda a pressão
que provavelmente venhamos a sofrer aqui dentro – de aprovar, de dar essa
condição...
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Obrigado, Ver. Clàudio Janta. E vou dizer mais ainda: temos um outro
problema aqui em Porto Alegre que são os carros-fortes. Os bancos não tomam o
cuidado de reservar um local onde o caminhão possa entrar para descarregar.
Logo, então, os homens que transportam os malotes caminham no meio da população
com armas de grosso calibre, e isso traz um constrangimento permanente. Esse é
um outro problema também.
O
SR. CLÀUDIO JANTA: E quero dizer a V. Exa. que na cidade de Guaíba há
um projeto nesse sentido. Estou copiando este projeto. Acho que tudo o que é
bom a gente tem que trazer para Porto Alegre, copiar. Em Guaíba, tem um projeto
que não é só para bancos, Ver. Bernardino, mas também para supermercados,
hipermercados. Hoje vemos as pessoas desfilando com malotes de dinheiro,
armadas com espingardas, com metralhadoras e pistolas dentro dos shopping centers. Em Guaíba, já existe
uma lei que determina áreas específicas para os carros-forte pararem para fazer
essa entrada e saída de dinheiro.
O Sr. Delegado Cleiton: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, colega Ver. Clàudio Janta. Quero dizer ao amigo e
aos demais colegas que o estatuto da segurança bancária prevê ações e formas de
condução de funcionários dos bancos, dos trabalhadores dos bancos, de quem
frequenta os bancos, dos vigilantes e, também, dos carros-fortes. Já foi
encaminhado a essa Mesa, para análise, o nosso estatuto, que tenta ser o mais
completo possível.
O
SR. CLÀUDIO JANTA: Com força e fé seguiremos defendendo a população e
os trabalhadores de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h35min.)
* * * * *